Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

"Protestos têm traços antissemitas", diz jornalista sobre manifestações pró-palestinos no EUA

Rádio Metropole

"Protestos têm traços antissemitas", diz jornalista sobre manifestações pró-palestinos no EUA

Declaração foi feita em entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (30)

"Protestos têm traços antissemitas",  diz  jornalista sobre manifestações pró-palestinos no EUA

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 30 de abril de 2024 às 09:39

Atualizado: no dia 01 de maio de 2024 às 07:34

Protestos pró-palestinos acontecem em diversas universidades dos Estados Unidos e ganham cada vez mais um destaque internacional. Ao comentar sobre o assunto na Rádio Metropole nesta terça-feira (30), o jornalista Pedro Doria afirmou que traços antissemitas (de ódio aos judeus) podem cada vez mais serem percebidos nas ações. Ao longo da entrevista ele também comentou sobre o posicionamento de judeus frente ao governo de Benjamin Netanyahu.

"Os protestos são sim pelo fim da guerra, mas simultaneamente tem traços antissemitas porque tratam todos os judeus como um inimigo, como um representante do governo de Netanyahu. Sempre que se pega um judeu e o trata não como pessoa, mas como um representante de uma organização, o nome disso é antissemitismo", apontou.

Em sua análise, nos Estados Unidos grupos identitários radicalizam o discurso e impedem que o processo democrático continue da forma adequada. "Se precisa de uma transformação, precisa convencer as pessoas de que a transformação é necessária. O identitarismo rompe com essa necessidade e parte para o processo de radicalização. Ele organiza o discurso dessa forma que se você pertence a uma minoria tem o direito a falar o que pensa. Quem não, tem que se calar e ouvir", explicou.

Com isso, o jornalista apontou que a parcela de judeus que também sofre com preconceito não é visto da mesma forma por grupos identitários."Os judeus não podem falar sobre sua dor, quando sentem preconceito racial ou as dificuldades que passam. As pessoas querem uma de duas posições: ou você é um defensor incontéstil do Estado de Israel, não  importa o que ele  faça, ou é crítico de tudo que o estado faz e trata as pessoas como representante do estado, mesmo que quase 90% da população rejeite o atual governo".

Confira a entrevista na íntegra: