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"Um político estadual estava sendo mais opressivo que a Ditadura", diz historiador sobre perseguição de ACM ao Jornal da Bahia
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"Um político estadual estava sendo mais opressivo que a Ditadura", diz historiador sobre perseguição de ACM ao Jornal da Bahia
A briga foi tema da matéria de capa do Jornal Metropole da última quinta-feira (21) e comentada na Rádio Metropole nesta quarta-feira (27)
Foto: Reprodução/Youtube
Em entrevista à Rádio Metropole nesta quarta-feira (27), o historiador Grimaldo Zachariadhes comentou sobre a perseguição política do então governador Antonio Carlos Magalhães (ACM) ao Jornal da Bahia. A briga foi tema da matéria de capa do Jornal Metropole da última quinta-feira (21), escrita por Biaggio Talento. O jornalista baseou-se em documentos fornecidos pelo historiador, que participou da Comissão de Altos Estudos do banco de dados Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro.
"ACM foi o político fruto da Ditadura Militar. Era um governador modernizador, mas sempre com um trato autoritário, de forte repressão e o Jornal da Bahia tinha um conteúdo de autonomia e até de críticas a ACM. Ele tentou de todas as formas destruir isso", disse Zachariadhes ao contar que o governador chegou a proibir uma série de empresas de patrocinar o jornal.
Ainda durante a entrevista à Mário Kertész, o historiador ressaltou que "o grande erro" de ACM foi acionar a Lei de Segurança Nacional (LSN). "O caso foi tão absurdo que a própria Justiça Militar deu ganho ao jornal, porque não tinham nada do que eles repudiavam para ser enquadrado. A própria Ditadura estava vendo arbitrariedade na ação de ACM. Um político estadual estava sendo mais opressivo que o regime", comentou.
Segundo ele, o Jornal da Bahia não tinha pretenções revolucionárias e atuava dentro das regras do regime. " Como a Ditadura nunca se assumiu como uma ditadura, ela aceitava uma certa oposição. Porque conseguia controlar de alguma forma.
Confira a entrevista na íntegra:
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