Política
Zé Neto critica estratégia da prefeitura de Feira de Santana pra conter avanço da Covid-19
Deputado diz que gestor municipal 'erra muito em não ouvir as pessoas' diante dos recuos na abertura do comércio local
Foto: Metropress
O deputado federal Zé Neto (PT) criticou a gestão de Feira de Santana diante do avanço de coronavírus no município. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a cidade já contabiliza 8.698 casos de Covid-19 e 97 mortes, segundo boletim divulgado ontem (6). Na avaliação do parlamentar, o prefeito Colbert Martins (MDB) erra em não dar ouvidos a quem tenta ajudar a gestão.
"Eu tenho um relacionamento bom com ele, mas eu vejo ele errando muito em não ouvir as pessoas e não cumprir o que acerta. Lá em Feira, no começo, tivemos muitos problemas porque o prefeito não quis tomar algumas providências, como abrir logo um hospital de campanha. E aí com emenda parlamentar, eu consegui R$ 3 milhões para abrir um hospital de campanha e, com o Governo do Estado, conseguimos mais investimentos e o hospital saiu, tá lá funcionando", disse o deputado, em entrevista a Mário Kertész na Rádio Metrópole hoje (7).
Ainda segundo Zé Neto, a estratégia da prefeitura erra em não dar cuidados específicos aos pacientes de coronavírus. "Ele decidiu que coronavírus tem que ser cuidado de forma que a rede toda atenda. Só que a rede toda não atende. Tem que ter pontos específicos de atendimento e testagem, com acolhimento específico do paciente. E com cuidado, não só com o paciente. Se ele chega no atendimento e, com teste rápido, descobre que está com o vírus, você vai saber qual o procedimento nos lugares onde ele passou, como em casa e o trabalho", disse o deputado.
O parlamentar também citou o abre e fecha do comércio feirense. Na avaliação de Zé Neto, faltou em Feira "e está faltando ainda uma medida de construção de parceria com a sociedade de forma mais efetiva". "Infelizmente ele não abriu esses pronto-atendimentos, como o governo federal prevê essa abertura, e a gente viu Feira crescer muito. A abertura e o fechamento do comércio, ele fez sem medidas laterais. Quando abre o comércio, tem que ver o transporte coletivo. Lá em Feira só roda metade dos ônibus, tudo lotado e parecendo sardinha", declarou.
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