Política
Secretário de Governo diz que acordo com Congresso teve aval de Bolsonaro e Guedes
Luiz Eduardo Ramos ainda afirmou que as acusações de que ele estaria articulando contra o governo são "fofoca" e "ciumeira"
Foto: Alexandre Galvão/ Metropress
Após receber críticas dentro do Executivo por comandar o acordo com o Congresso sobre o Orçamento impositivo, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que a negociação teve o aval do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Desde o início a negociação foi por ordem do presidente. O Paulo Guedes, o tempo todo, esteve ao meu lado. Em nenhum momento, sentei à mesa sem autorização do presidente ou sem o conhecimento do ministro Paulo Guedes. Não tem nada embaixo de panos e conchavos”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo, em sua primeira declaração pública sobre a polêmica.
Colegas que compõem o primeiro escalão do governo questionam a atuação de Ramos, alegando que o ministro cedeu às reivindicações do Parlamento e prejudicou o governo. Ele teria feito isso para ganhar cacife como articulador e se aproximar dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP), ambos do DEM.
“Está claro que o presidente tem me prestigiado e me apoiado, fruto de uma relação de amizade. Então começam a falar que estou articulando com Rodrigo Maia e o Alcolumbre contra planos do governo. Isso é só fofoca. Não tem nada. É ciumeira. Por isso digo que minha missão é difícil”, afirmou Ramos.
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