Política
Justiça torna réus assessor de Guedes e mais 28 por irregularidades em fundos de pensão
Acusação apontou prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos fundos de pensão no investimento
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
O juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, acolheu denúncia de irregularidades envolvendo investimentos de fundos de pensão na empresa Sete Brasil, movida na semana passada pela Força-Tarefa Greenfield. Decisão torna réus 29 ex-dirigentes dos fundos de pensão da Caixa (Funcef), Banco do Brasil (Previ), Petrobras (Petros) e Vale (Valia), acusados de praticarem o crime de "gestão temerária".
A decisão do juiz Vallisney de Oliveira é da semana passada, mas os alvos só foram intimados nesta semana. Dentre os réus está Esteves Pedro Colnago Júnior, assessor especial do ministro da Economia Paulo Guedes, que foi membro do conselho deliberativo da Funcef e votou favoravelmente a um dos aportes feitos pelo fundo de pensão.
A acusação apontou prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos fundos de pensão no investimento. Os procuradores solicitaram à Justiça a reparação dos danos em três vezes esse prejuízo, equivalente a cerca de R$ 16 bilhões.
De acordo com a denúncia, o governo federal, à época comandado pelo então presidente Lula, usou sua influência política no comando dos fundos de pensão para que eles aportassem recursos milionários na Sete Brasil ignorando os riscos do investimento, assumindo a possibilidade de prejuízos para os pensionistas.
No dia da divulgação da denúncia o Ministério da Economia divulgou uma nota, Colnago afirmou que está à disposição da força-tarefa para esclarecimentos relacionados à gestão dos fundos de pensão.
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