Política
José Rocha avalia que Joice Hasselmann perdeu liderança após apoio a Bivar
Parlamentar disse que mudança não estava programada e que se deve ao desentendimento “público e notório” no PSL
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Vice-líder do governo na Câmara e deputado federal pelo PL baiano, José Rocha afirmou ao Metro1 que a saída da deputada federal Joice Hasselmann (PSL) da liderança do governo no Congresso estaria atrelada ao fato dela ter declarado apoio ao presidente do PSL, Luciano Bivar. A decisão foi tomada pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) que colocou o senador Eduardo Gomes (MDB) no cargo.
“Se deve a essa briga que está acontecendo dentro do próprio PSL. Um grupo de deputados tomou partido contra Bolsonaro e a favor de Bivar. E, ela se posicionou a favor de Bivar. Certamente, isso fez com o que o presidente não a considerasse mais como sua líder”, disse o parlamentar.
À reportagem, o parlamentar disse que a mudança não estava programada, reforçando que a saída de Hasselmann se deve ao desentendimento “público e notório” na sigla. José Rocha ainda negou que o presidente tenha articulado a indicação do próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) para o posto.
Na quarta-feira (16), o líder do governo na Câmara, deputado Major Vítor Hugo (PSL-GO), anunciou que 27 dos 53 deputados do PSL assinaram um requerimento para tornar Eduardo novo líder da bancada.
Logo em seguida, o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) apresentou uma lista com 31 assinaturas para retomar a liderança. Somadas, as duas listas continham 58 assinaturas, cinco a mais que o número de deputados do partido. Delegado Waldir é ligado a Bivar e tem feito críticas públicas a Bolsonaro.
“Não acredito que tenha ocorrido. Talvez, o filho fosse o nome mais forte para conseguir apoio da maioria dos colegas para destituir Waldir”, avaliou.
Apesar da crise interna que o PSL atravessa, o deputado negou que o presidente Bolsonaro esteja encontrando dificuldades na articulação dos projetos dentro do Congresso Nacional. “Não vejo isso, não. Os projetos mais importantes para o país tem passado com certa tranquilidade dentro da Câmara e do Congresso. Alguma dificuldade é o próprio partido com o presidente”.
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