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Réu do 8/1 pode ter pena aumentada pelo MPF por ter DNA encontrado em boné no Congresso

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Réu do 8/1 pode ter pena aumentada pelo MPF por ter DNA encontrado em boné no Congresso

Jony Figueredo havia sido preso na manhã seguinte aos atos em frente a um Quartel-General

Réu do 8/1 pode ter pena aumentada pelo MPF por ter DNA encontrado em boné no Congresso

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 08 de abril de 2024 às 18:11

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou alteração na pena de Jony Figueiredo da Silva, 43 anos, réu dos ataques golpistas de 8 de Janeiro, após a Polícia Federal (PF) ter identificado seu o DNA em um boné deixado na Câmara dos Deputados no dia dos atos. 

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor de receber a denúncia que está sendo analisada em plenário virtual da Corte. Jony foi preso em flagrante na manhã de 9 de janeiro, em frente ao acampamento bolsonarista no Quartel-General, em Brasília, e denunciado por incitação ao crime contra os poderes constitucionais e associação criminosa.

Contudo, baseado no exame de DNA realizado pelo Instituto de Criminalística da PF, o MPF concluiu que Jony esteve presente no Congresso Nacional, participando “ativamente e concorrendo com os demais agentes para a destruição dos móveis que ali se encontravam”.

A denúncia inclui os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

“Assim agindo, o denunciado tentou, com emprego de violência e grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes Constitucionais, bem como depor o governo legitimamente constituído, buscando a tomada do poder por militares e a implantação de uma ditadura, porque contrário ao resultado do pleito eleitoral de 2022 e por não confiar na apuração dos votos”, diz trecho do documento.

A pasta destacou que o prejuízo causado pelo grupo criminoso, do qual o réu faz parte, “alcançou, conforme avaliações preliminares, o montante de R$ 3,5 milhões no Senado Federal e de R$ 2,7 milhões na Câmara dos Deputados”.