Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Home

/

Notícias

/

Internacional

/

Mulher que sofria de polimiosite é a primeira a morrer por eutanásia no Peru

Internacional

Mulher que sofria de polimiosite é a primeira a morrer por eutanásia no Peru

O procedimento foi realizado neste domingo (21) e advogada de Ana afirmou que ela exerceu “o seu direito fundamental a uma morte digna”

Mulher que sofria de polimiosite é a primeira a morrer por eutanásia no Peru

Foto: Jessica Alva Piedra/Reprodução

Por: Metro1 no dia 22 de abril de 2024 às 16:15

Atualizado: no dia 22 de abril de 2024 às 16:22

Ana Estrela foi a primeira peruana a morrer por eutanásia no Peru. A advogada dela informou nesta segunda (22) que a mulher passou pelo procedimento, exercendo “o seu direito fundamental a uma morte digna”. Ana sofria desde os 12 anos de polimiosite, uma doença incurável e degenerativa que provoca fraqueza muscular progressiva. 

Em julho de 2022, a psicóloga de 45 anos conseguiu a autorização da Suprema Corte do Peru para ser submetida à eutanásia. A realização foi aprovada por quatro favoráveis e dois contrários. Assim, a Justiça peruana ordenou que o Ministério da Saúde respeitasse a decisão de Ana.

"No domingo, 21 de abril de 2024, Ana Estrada exerceu o seu direito fundamental a uma morte digna e acedeu ao seu procedimento médico de eutanásia. Ana morreu nos seus próprios termos, conforme a sua ideia de dignidade e em pleno controle da sua autonomia até o final", afirmou a advogada dela, Josefina Gayoso, através de comunicado. 

De acordo com a advogada, o procedimento aconteceu tendo como base o "Plano e Protocolo de Morte Digna", aplicável ao caso de Estrela e aprovado pelo Seguro Social de Saúde do Estado peruano. Ela disse que Ana "partiu agradecida a todas as pessoas que ecoaram a sua voz".

"Ana tornou-se o rosto dessa causa justa que visa defender a dignidade do princípio ao fim e a liberdade de decidir sobre nossas vidas e nossos corpos. (...) O caso de Ana permitiu que a Justiça peruana reconhecesse, pela primeira vez em sua história, que todos temos o direito de morrer com dignidade", contou Gayoso.