Editorial
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‘Infelizmente, a maioria da população aplaude’, diz MK sobre aumento de mortes por intervenção
Kertész criticou reação a óbito do homem que sequestrou ônibus no Rio
Foto: Tácio Moreira / Metropress
Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (22), Mário Kertész falou sobre o índice de letalidade violenta, que mostrou que os óbitos por intervenção de agentes do Estado no Rio de Janeiro atingiram maior patamar em 20 anos, com 194 falecimentos no mês passado.
“Vão dizer que os números aumentaram porque tinham muitos bandidos e agora eles estão sendo atacados. No entanto, no meio disso, foi visto inclusive em recentes reportagens televisivas que tinha muita gente inocente”, lamentou ele.
MK ainda criticou a reação da população aos casos de morte, mesmo em situações de crimes, quando os assassinatos são exaltados. Ele comentou o caso de terça-feira (20), quando um homem sequestrou um ônibus na capital fluminense e foi morto pela polícia.
“Infelizmente, nós vivemos em um estado de barbárie tal, que a grande maioria da população aplaude. O governador Wilson Witzel [ao chegar no local] foi aplaudido como se fosse presidente de um time de futebol em um estádio, após uma vitória, mas ele estava comemorando uma morte. Onde nós chegamos? Por que temos que comemorar morte? Mesmo de bandido. Aqueles nove cabeças decapitadas no presídio do Paraná foi comemorada por muita gente. Onde nós chegamos?”
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