Economia
Governo estuda desonerar todos os salários em até 25% em troca de imposto digital
Novo tributo também serviria para custear o Renda Brasil, que deve substituir o Bolsa Família
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
O Ministério da Economia estuda propor uma desoneração de até 25% da folha de pagamento das empresas para todas as faixas salariais. A proposta amplia uma ideia já mencionada pela equipe econômica, que previa corte de impostos apenas para rendimentos equivalentes a até um salário mínimo. Para abrir mão dessa receita, no entanto, o Ministério avalia que será necessária a criação de um novo imposto, a ser aplicado sobre pagamentos digitais.
Os técnicos estimam uma alíquota mínima de 0,2%, que renderia anualmente cerca de R$ 120 bilhões aos cofres públicos. Nos cálculos usados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, esse montante seria suficiente para desonerar empresas a pagarem impostos aplicados até um salário mínimo (hoje, em R$ 1.045). Já o novo imposto teria uma alíquota de 0,4%, o que em tese dobraria a arrecadação para R$ 240 bilhões.
Além de bancar a desoneração da folha, o novo imposto deve servir para custear o Renda Brasil. O programa social, ainda em formulação, deverá substituir o Bolsa Família, com mais pessoas e um valor mais alto.
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