Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Domingo, 21 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Cidade

/

'Gosto de contar história', diz Isaias de Carvalho sobre livro de imagens de Salvador

Cidade

'Gosto de contar história', diz Isaias de Carvalho sobre livro de imagens de Salvador

Arquiteto e urbanista usou cartões postais e fotografias antigas para reconstruir as imagens da capital baiana

'Gosto de contar história', diz Isaias de Carvalho sobre livro de imagens de Salvador

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 23 de agosto de 2019 às 12:24

O arquiteto e urbanista Isaias de Carvalho Santos Neto falou sobre o seu livro "Salvador em Preto e Branco", em entrevista à Rádio Metrópole hoje (23). A obra reconstrói paisagens da capital baiana em desenhos com a técnica do pontilhismo.

Ele já usava o pontilhismo para fazer retratos de pessoas, mas a ideia de ilustrar paisagens surgiu quando decidiu decorar uma parede completamente branca em casa.

Isaias então usou cartões postais e fotografias antigas publicadas em jornais para reconstruir as imagens de Salvador. Foi quando começou a ser incentivado a publicar os desenhos em um livro.

"Mas eu não quero publicar esses desenhos, quero contar uma história. Acho que, hoje em dia, sou muito mais um contador de histórias do que um pesquisador, um arquiteto. Eu gosto de contar história", destaca. 

Ele relembra que escolheu os nomes dos capítulos da obra por sugestão do filho, Tomás, que indicou o nome "Paisagem Urbana", depois de o pai já ter publicado outro livro chamado "Memória Urbana".

Isaias acabou percebendo que haviam paisagens que estariam longe do conceito de urbano e denominou os capitulos apenas com a palavra "paisagem", acrescida de adjetivos.  

"Quando fui pegar, por exemplo, fotos do Castelo Garcia D'Ávila, dos anos 40, vi que não poderia chamar de 'paisagem urbana', porque não tem nada de urbano. Mantive 'paisagem' e dei a ela 11 adjetivos em 11 capítulos", explica. 

O livro começa com uma ilustração do Farol da Barra, chamado de "Paisagem Pioneira". Ele relembra que, antes de existir a vila do Pereira, em 1501, passou um navegador e colocou na região uma pedra padrão portuguesa, como se tivesse tomando posse da terra.

"E depois foi construído o Farol. A cidade, para mim, nasceu ali. Então a paisagem pioneira de Salvador é o porto. É por onde Thomé de Souza chegou, é por onde os holandeses invadiram", conta.

A obra está à venda na Livraria da Biblioteca Central da Ufba, no campus da universidade em Ondina. Outro ponto de venda é a biblioteca localizada entre Hospital das Clínicas e Escola de Enfermagem da Ufba. Em breve, unidades também devem estar à venda nas lojas LDM do Shopping Paseo e do Espaço Glauber Rocha.