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‘Fake news e hater potencializam crise na imagem’, analisa Pedro Tourinho

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‘Fake news e hater potencializam crise na imagem’, analisa Pedro Tourinho

Publicitário avaliou que as fake news foram inventadas por portais de notícias

‘Fake news e hater potencializam crise na imagem’, analisa Pedro Tourinho

Foto: Tácio Moreira / Metropress

Por: Adelia Felix no dia 22 de agosto de 2019 às 18:35

O publicitário Pedro Tourinho, consultor de imagem de grandes empresas e de artistas de projeção nacional, afirmou, durante entrevista à Rádio Metrópole, nesta quinta-feira (22), que as redes sociais aumentam o impacto das crises de imagem. 

“O fake news com o hater potencializou tudo. A linguagem do fake news é a linguagem do jornalista, de lead, de título de matéria. Há um tempo, quando começaram os portais, começou a ter editor de título de matéria. O jornalista escrevia a matéria, mas para ir para o portal vinha outro título. Porque é o título que gera clique. E aí, começa a fake news. Porque o cara começa a escrever uma coisa na matéria e no título tem outra. [...] A fake news surgiu, na minha opinião, nos próprios portais, no título”, disse ao ser questionado no Jornal da Cidade. 

Indagado se o fato não poderia gerar retorno negativo para o veículo, ele explica: “Ninguém lê nada, não. Só quer saber do clique. Porque o clique entra, já gera a monetização, que vai gerar a grana publicitária que vai pagar todo o jogo. O hater se apropria dessa linguagem para falar mal num turbilhão de algoritmos que geram engajamento. A crise está muito potencializada porque tem coisas que não eram para ser crise que se tornaram crise”.

Ainda na oportunidade, o autor do livro “Eu, eu mesmo e minha selfie”, que aborda o cuidado com a própria imagem, disse que muitas pessoas constroem um personagem nas mídias sociais. 

“As redes sociais existem para gerar engajamento, para gerar like, para gerar valor comercial, para vender publicidade. Facebook, Twitter e Google vivem de publicidade. Quanto mais like tiver, mais engajamento, maior o valor da publicidade. Ela é desenhada pra que gente entre nesse jogo”.