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“Estruturas que foram postas em uso no governo Bolsonaro não estão destruídas”, diz Janio sobre mobilização da direita

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“Estruturas que foram postas em uso no governo Bolsonaro não estão destruídas”, diz Janio sobre mobilização da direita

Análise do jornalista foi feita durante a edição desta quinta-feira (18) do programa Três Pontos

“Estruturas que foram postas em uso no governo Bolsonaro não estão destruídas”, diz Janio sobre mobilização da direita

Foto: Reprodução Rádio Metropole

Por: Metro1 no dia 18 de abril de 2024 às 12:54

Atualizado: no dia 23 de abril de 2024 às 18:12

“Se não houver consciência do desequilíbrio de poderes e dos riscos decorrentes a ele, não creiam em um futuro democrático para o Brasil porque não haverá”. O alerta foi feito na edição desta quinta-feira (18) do programa Três Pontos, da Rádio Metropole, pelo jornalista Janio de Freitas, ao analisar a união das forças de extrema direita no país e o apoio grandioso de instituições a esses ideais.

O jornalista evidenciou que as “estruturas” criadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de direita, não foram desfeitas e seguem ativas e operando ainda hoje, um ano após a eleição do presidente Lula (PT).

“A extrema-direita no Brasil sempre foi muito mais ativa com os resultados, ativa com inteligência, consciência daquilo o que quer, do que as demais forças, do que chamam de Centro - que é uma forma de ser direita - e as diferentes esquerdas. Então o fato em si, essa mobilização, não é excepcional nem um significado maior. O que dá importância a isso é a certeza de que as estruturas de ação que foram montadas e postas em uso, prática, no governo Bolsonaro não estão destruídas. Enquanto não houver o julgamento e aplicadas as suas consequências penais caso venha, como se espera, acontecer, enquanto essa estrutura estiver disponível para a ação da direita nós vamos ter esse problema crescentemente”, disse. 

O “desequilíbrio” citado por Janio, refere-se aos poucos “canais de influência” que se opõe à extrema direita no Brasil, que, mesmo que tenha sido derrotada nas urnas, segue dominando e impregnando os poderes e as instituições que dão luz ao discursos e os mantêm vivos.

“Se não for posta em prática uma reação dessas instituições não comprometidas integralmente com as estruturas da direita, nós não vamos ter uma democracia, um início de democracia, para o futuro. É tolo imaginar que as coisas caminharão sozinhas para um bom destino, porque contra um bom destino há muita força de interesse proveniente, não só político, sobretudo materiais, por parte de setores que dominam áreas muito importantes de influência pública. É claro que estou me referindo prioritariamente à mídia, mas não só a ela, há outros canais de influência, as federações são elementos fortes de ação política, de influência da orientação política, se a gente pode ter uma ou outra no momento pensando e agindo democraticamente, em sentido contrário há uma imensidão ativas, mais do que aquelas que estão de prevenção democrática”, concluiu.

Confira o programa na íntegra: